segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Leitura e Escrita

Recebi um e-mail da professora solidária Rosângela e tinha essa apostila, aos poucos vou postando. bjus

LEITURA E ESCRITA

            Após estudos de pesquisas de Emília Ferreiro e Ana Teberosky pelos técnicos e professores do SESIMINAS, evidenciou-se a necessidade de se efetivar substanciais mudanças nas estratégias de ação, na área da Pré-Escola, no sentido de se conduzir o processo de alfabetização, observando e respeitando as idéias originais que as crianças já trazem quando entram na Escola e a natureza e função desses objetos do conhecimento a serem apropriados pelos sujeitos que aprendem.

Que atividades


favorecem a compreensão

e evolução da escrita?

Procurando criar uma pratica calcada nos pressupostos teóricos das mencionadas cientistas, professores e técnicos se empenharam na criação e/ou adaptação de atividades que propiciassem à criança, oportunidades de compreensão e evolução, respeitando-se suas hipóteses originais, ritmo e interesses, sem descuidar dos conflitos cognitivos(obs: certo e errado) que provocam o surgimento de novos esquemas de interpretação.
            Além dos conhecimentos teóricos norteando a ação, as próprias crianças forneceram indicadores quanto à propriedade das atividades, procedendo-se a alteração ou supressões, colhendo sugestões das próprias crianças, conforme o feed back apresentado.
            O preparo e postura da professora constituem aspectos muito importantes, pois ela precisa acreditar:
-          na capacidade da criança que aprende;
-          que o sistema da Linguagem Escrita é reinventado pelos alunos;
-          que a criança evolui construindo e reformulando suas hipóteses;
-          que não é necessário “ensinar” o tempo todo, mas possibilitar interações, interlocuções, confrontos e troca de pontos de vistas;
-          que os conflitos são benéficos e necessários, pois, provocam o progresso cognitivo;
-          que é preciso criar um clima propício à socialização do saber e intercâmbio de opiniões;
-          que o aluno tem a sua maneira própria de aprender.

Sem essas condições, qualquer atividade sugerida nesse trabalho poderá degenerar-se em praticas tradicionais de ensino, num enfoque empirista (de fora para dentro), se o professor não acreditar ou desconhecer a gênese de evolução da criança em relação à Lecto-Escrira.
Visando colaborar com professores da Pré-Escola que desejam atuar numa linha construtiva, apresentamos, a titulo de sugestões, atividades que foram inicialmente criadas e desenvolvidas por algumas professoras da Pré-Escola – SESIMINAS.
Enfatizamos que a reação da criança ante a atividade proposta, deverá servir de parâmetro quanto à definição de sua propriedade, naquele momento.


SUGESTÕES DE ATIVIDADES

1 – Atividades envolvendo o primeiro nome dos alunos.
-          Uso de crachás.
·        Seria interessante que a idéia para o uso dos crachás partisse das próprias crianças.
·        As fichas deverão ter o mesmo tamanho e o nome escrito em letra de imprensa maiúscula.
·        Poderá ser feito uma espécie de “colar”, fazendo-se dois furos na ficha para se amarrar um cordão, ou colocar a ficha no plástico próprio de crachá.
·        Durante um certo tempo, as crianças usarão esse colar (crachá), em uma parte do dia.


Como respeitar na

criança a sua legitimidade
de aprender, de acordo com
os níveis da psicogênese?











·        No início, caso as crianças ainda não identifiquem o nome, a professora poderá ler a ficha, no momento da distribuição. Posteriormente, as crianças saberão qual é a ficha que contém o seu nome.

­     Chamada usando o cartaz de pregas.
·        Se possível, colar o retrato da criança em uma pequena ficha, separada do nome, colocando-a no cartaz de pregas. Essa forma possibilitará o uso dos retratos em outras atividades.
·        Colocar as fichas dos nomes no centro da rodinha. Cada criança no momento da chamada, procura o seu nome e o colocara ao lado do seu retrato, no cartaz de pregas.
·        Outra forma seria a própria criança fazer um desenho que possa constituir o indicador de sua ficha.
·        Apresentar para a classe, uma ficha de cada vez, deixando que os alunos descubram onde o seu nome está.

Variações:
·        Colocar todas as fichas no centro da rodinha e assim que encontrar o nome, a criança deverá explicar porque ela sabe que aquele é o seu nome.
·        Se surgir alguma confusão, no caso de nomes parecidos, deixar que as próprias crianças resolvam a situação, buscando outros indicadores que possam ajudá-las na identificação.
·        Distribuir as fichas nas mesinhas para que cada criança identifique o seu lugar.
·        Fazer um barco grande e bem colorido, pregando-o no mural. Fazer fichas com nomes das crianças e colocá-las espalhadas no centro da rodinha.

Cantar:
“Que coisa boa é navegar. Coloca
Marcelo”.
Seu nome no barco.
Olé, olé, olé, olá.
Cuidado pra onda não te molhar”

            A criança, cujo nome foi citado, deverá procurá-lo e colocá-lo no barco, se possível, antes de terminar o canto. Repetir até que todas as fichas se encontrem no barco.

­     Etiquetar os materiais individuais das crianças, colocando os nomes nas pastas, merendeiras, cadeiras, etc.
Obs.: As etiquetas devem ser feitas pela professora para garantir o mesmo tipo de letras, o que favorecerá a identificação e a permanência do registro.

­     Atividade de classificação:
·              Os alunos poderão classificar as fichas dos nomes, colocando juntas as que se parecem em alguma coisa.
Obs.: Em geral as crianças observam primeiro as letras iniciais depois as finais, e finalmente letras intermediárias.
                          Variação:
·        Pedir por exemplo que as crianças, cujos nomes comece como Danielle, fiquem de um lado, ou formem um grupo, as que comecem como Evaldo, fiquem sem outro lugar, de acordo com o que for combinado antes com elas, e assim por diante.

­     Fichas com os nomes havendo correspondência do tamanho da ficha com o nome.

Ex:









 
FERNANDO




   Além das atividades de identificação, as crianças poderão trabalhar com fichas em classificação, seriação e conservação (quantidades discretas), sendo esta última, através do jogo “Bingo”, usando feijão ou milho para fazer a marcação e fichas com letras isoladas.

Dinâmica:
·        Cada criança identifica e recebe o seu nome. A professora apresenta uma letra de cada vez, podendo dizer o seu nome se quiser, ou se as crianças perguntarem. Caso o nome tenha a letra apresentada, o aluno marcará com o feijão ou milho.
·        No final os alunos farão a comparação, 2 a 2. para verificar quem precisou de mais feijão, porque o outro precisou de menos, e assim por diante.

­     Fichas sem correspondência de tamanho, ou seja, um nome grande com uma ficha pequena e um nome pequeno em uma ficha maior.
Ex:





ANA

 


 
MAURICIO




LUIZ
 
PAULO

 

 












Explorar:
            Quantidades discretas: Qual nome é maior?
·        Por que ele é maior? (observar se a criança se guia pelo número de letras ou pelo tamanho da ficha).
·        Qual é a ficha maior? (comparar a ficha maior com o nome maior).
·        Agrupar as fichas que possuem o mesmo número de letras.

O jogo do “Bingo” poderá ser feito nessas fichas, possibilitando à criança perceber que embora a ficha seja grande, ela usou poucos feijõezinhos para marcar as letras.
Obs.: Acreditamos que essa atividade ajudará a criança a evoluir-se em relação ao Realismo Nominal, quando se liga ao tamanho do referente.

 Depois coloco mais atividades...

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