quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Continuação -Leitura e Escrita Parte 2




 Brincadeira do trenzinho
Música:
Lá vem o trenzinho, bem enfileirado e
o maquinista puxa a manivela.
Alô, alô, que entre o ... (ficha com o nome de um aluno).
Obs.: O maquinista que será a professora (do início) apresenta uma ficha com o nome de uma das crianças. Esta deverá reconhecer seu nome e se agarra ao trenzinho. A brincadeira continua até que toda a turma tenha se incorporado ao trenzinho.

­     Recorte de letras
·              Procurar, em revistas e jornais, várias letrinhas, recortá-las e formar o nome, colando-as numa folha. (Não como dever de casa para evitar que os pais façam pela criança). O confronto da produção da criança com a ficha poderá ocorrer se alguém, por iniciativa própria, quiser comparar. A professora não precisa provocar esse confronto, de início.

­     Objetivando chamar a atenção das crianças para a letra seguinte à inicial, a professora poderá pegar as fichas cujos nomes têm as mesmas iniciais (Luciano, Lílian, Leonardo, etc), cobrindo o restante do nome, deixando só a inicial à vista.
Dizer: de quem será? Mostrar em seguida a 2ª letra do nome Luciano pra ver, por exemplo, se a Lílian ainda acharia que a ficha seria do seu nome.
            Explorar bastante as situações que surgirem, evitando apresentar soluções, mas esperando a criança descobrir.

2 – Ditado:

­     Ditado individual para sondagem quanto ao nível de evolução da criança, ou para oportunizar o exercício da atividade, escolhendo-se palavras familiares à criança, com diferentes números de silabas.
Ex.: boneca, bola, pé, elefante, casa, mão, formiguinha, peteca, etc.
Obs.: Não é necessário que as crianças identifiquem essas palavras, bastando que as mesmas representem coisas conhecidas e que sejam do interesse da criança.
            Para avaliar o nível em que a criança se encontra, é necessário observar a produção e o progresso. Por isso, logo após a escrita de cada palavra, a professora deverá pedir que a criança leia a palavra que escreveu, apontando com o dedo.

Observar:
·         Se a criança lê de forma global;
·         Se faz a correspondência de uma letra para cada emissão de voz;
·         Existência de formas fixas, etc;
·         Se sobrar letras, pergunta, a criança se poderá tirá-las ou não;
·         Explorar a produção da criança de modo a identificar o nível em que se encontra.
·         Terminando o trabalho, anotar no verso as observações que forem julgadas necessárias, colocando a data para que possa acompanhar sua evolução.

­     Ditado de palavras para as crianças escreverem em conjunto (pequenos grupos compostos de crianças de diferentes níveis, porém não muito discrepantes, a fim de evitar que domine toda a situação).
·         Embora em grupo, cada criança vai escrever na sua folha, ou seja, todas escrevem a mesma coisa, podendo trocar informações.
·         Uma só criança escreve e as outras observam, podendo interferir, colaborando na construção.
·         Cada criança escreve palavras diferentes, podendo ser o nome próprio, nomes de outras pessoas, de frutas, etc. (própria para os níveis finais de evolução).
Obs.: Esse trabalho em grupo possibilitará a interação entre as crianças, com apresentação de diferentes pontos de vista, favorecendo também os “movimentos de interlocução”, de fundamental importância no processo de construção da escrita.
            A professora deverá observar como se efetivam as interações, facilitando o intercâmbio, porém, sem interferir com correções ou opiniões sobre o “certo” e o “errado”.
            As crianças poderão buscar ajuda de colegas, ditar letras, olhar produções uns dos outros, se quiserem, num clima de espontaneidade, sem que haja a cobrança da professora para apresentação da forma convencional.
            O produto final será aceito do jeito que o grupo apresentar, respeitando-se a fase em que a criança se encontra, na trajetória de sua evolução, a fim de não tirar o apoio lógico, no qual está embasada sua capacidade de compreensão.
            O ato de produção da escrita (sem ser cópia) levará os alunos a “refletirem sobre a pronúncia para pensarem a escrita”.
            As crianças aprendem a escrever, escrevendo e é nesse esforço que elas vão experimentando e aprendendo as normas da convenção.

­     Ditado de palavras fazendo-se antes a analise oral das mesmas. Ex.: Peteca
·         Tem a nessa palavra?
·         Tem i?
·         Tem e?, etc.
·         Com qual letra ela começa?
·         Como ela termina? E assim por diante. (Mencionar letras que têm e que não têm na palavra ditada).

            Após a analise oral, as crianças escrevem a palavra do jeito delas. Obs.: atividade recomendada para os níveis: silábico, silábico-alfabético e alfabético.

3 – Mural de unidades de estudo
(frutas, aves, insetos, etc).

            colocar as figuras e os respectivos nomes, sem preocupação com a retenção da palavra.
            O objetivo é que a criança conviva com farto e variado material escrito, propiciando as descobertas quanto às diferenciações e semelhanças do sistema de representação da escrita.


4 – Quadro de palavras

            Escrever em fichas e expor no quadro, durante algum tempo, palavras surgidas em textos e outras situações de sala, sendo essas palavras selecionadas pelas crianças, a fim de ser garantida a ligação afetiva que suscita o interesse.

5 – Aproveitar desenhos das crianças para que escrevam, abaixo, o nome (etiquetagem), do que foi desenhado, de acordo com o nível da psicogênese em que cada um se encontra.

6 – Desenhar o que quiser e escrever o nome. (valem as mesmas observações do item anterior).

7 – Apresentar desenhos para as crianças usando letras recortadas de revistas ou de material mimeografado.

8 – Usar letras recortadas em jornais, revistas, etc, para classificação, seriação, conservação (discretas) e brincadeiras de “mercadinho de letras”.
            Essa brincadeira pode ser conduzida da seguinte forma:
·         Algumas crianças se encarregam do mercadinho.
·         Vão vender as letras.
·         As outras vão comprar as letras que precisam para compor as palavras que quiserem formar.
            Ao final a professora observará as palavras que formaram (ditas pelas crianças), podendo observar nível de evolução, existência de formas fixas, etc.
Obs.: Incluir nas atividades com letras recortadas, sinais de pontuação e numerais, observando se a criança faz uso dos mesmos como se fossem letras ou quais as reações que aparecem.
9 – Brincadeira da forca
 

            Escolhe-se o nome de uma criança (Renata, por exemplo).
            Faz-se a analise oral da palavra.
(ver atividades nº 2, 3)
Desenhar-se a “forca”







CANTINHO DAS LETRAS REJEITADAS


            As crianças vão falando as letras que acham que tem na palavra.
            A professora faz a sondagem com as outras crianças, para ver se elas acham que tem aquela letra na palavra e se a mesma deverá ficar no principio, meio ou fim da palavra.
            No caso de ter a letra, a professora colocará no lugar definido pelas crianças, ou as próprias crianças poderão colocá-la.
            Se não tiver a letra desenha-se uma parte do boneco na forca e registra a mesma ao lado (local combinado com as crianças, onde serão colocadas as letras mencionadas que não entram na palavra).
            Se o boneco ficar pronto antes das crianças completarem a palavra, considera-se que a turma foi enforcada. Se as crianças formarem a palavra antes do boneco ser completado, a professora é que será enforcada, ou outra forma que a classe sugerir.
Obs.: A professora procurará dar a vez a todas as crianças, pedindo para falar uma letra que tem naquele nome ou perguntando se tem à letra que o colega falou. Assim todas as crianças (pré-silábicas, silábicas e alfabéticas) participarão da brincadeira. Todos ficam muito atentos e torcendo para que os colegas falem letras que entram na composição da palavra, para evitarem a forca.


10 – Uso de palavras em destaque, dentro do centro de interesse do momento para:

·         Fixar no mural, com ou sem desenho.
·         Colocar na caixa de palavras da classe.
·         Classificação.
·         Seriação.
·         Conservação e montagem da palavra em destaque.
·         Montagem de palavras novas usando silabas recortadas.
Obs.: A professora chama a atenção das crianças para ver de quantas vezes, falamos determinada palavra. Depois pede que recortem a palavra, separando esses pedacinhos. (Aceitar qualquer forma apresentada).
            Com as partes recortadas, poderão formar outras palavras, de acordo com a evolução de cada um.
            Essas atividades que envolvem sílabas, na forma escrita, só deverão ser desenvolvidas com os alunos alfabéticos.

11 – Poesias

            Trabalhar oralmente a poesia.
            Registrá-la em cartaz ou em folha mimeografada para a criança ilustrar (função de registro).

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