quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Feliz Natal

Vaso de Papelão









Quem me enviou foi uma professora solidária!!!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Rotina escolar







Selecionei algumas imagens de alguns blogs que gostei  muito. Créditos a essas professoras tão criativas Orientações para a organização das atividades diárias

A rotina escolar é uma seqüência de atividades que visam a organização do tempo que a criança permanece na escola. Apóia-se na reprodução diária de momentos e nos indícios e sinais que remetem às situações do cotidiano.
Numa canção na entrada à bandeja do lanche, os alunos prevêem as atividades que se seguirão: “Depois do lanche tem brinquedo no parque”, “Depois da roda a gente desenha, pinta, faz trabalho com massinha”.
A espinha dorsal da rotina são alguns marcos temporais que quase nunca se alteram: a chegada, a roda, o lanche, o pátio, a saída, e é importante manter constantes os parâmetros principais da rotina, para que as crianças se sintam seguras e não se desorganizem.
Entretanto, outros momentos se interpõe, levando em conta o ritmo do grupo, que é dinâmico. Assim, constantemente surgem novas experiências e alterações, mas o professor se manterá em seu papel de “porto seguro”.
Uma rotina compreensível e claramente definida é, também, um fator de segurança. Serve para orientar as ações das crianças e dos professores e favorece a previsão de situações que possam vir a acontecer. As atividades de rotina são aquelas que devem ser realizadas diariamente, oportunizando as crianças o desenvolvimento e a manutenção de hábitos indispensáveis à preservação da saúde física e mental como, por exemplo, a organização, a higiene, o repouso, a alimentação correta, o tempo e os espaços adequados, as atitudes, as atividades do dia, etc.
Por caracterizar-se como facilitadora da aprendizagem, a rotina, então não deve transformar-se numa planilha diária de atividades, rígida e inflexível, exigindo a adaptação da criança a ela. A flexibilidade, portanto, é fundamental e a criança precisa aprender a lidar com o inesperado.
A organização do tempo precisa ensejar alternativas diversas e, freqüentemente, simultâneas de atividades mais ou menos movimentadas, individuais ou grupais, que exijam maior ou menor grau de concentração da atenção; determinar a hora do repouso, da alimentação, da higiene, a hora do brinquedo, da recreação, do jogo e do trabalho sério.
Não podemos esquecer que as atividades organizadas contribuem, direta ou indiretamente, para a construção da autonomia: competências que perpassam todas as vivências das crianças.
Os alunos vão chegando e logo ficam curiosos para definir e conhecer o que ocorrerá no dia, por isso a importância da rotina e da sala de aula possuir um quadro de rotinas. Com um quadro de rotinas é fácil determinar as ordens das tarefas junto com os alunos, principalmente na Educação Infantil e nas séries iniciais do Ensino fundamental. Então é fundamental que cada o professor confeccione o seu, pois sempre começa o dia mostrando para a turma as atividades que fazem parte daquele dia. Isso ajuda a controlar a ansiedade da garotada. O ideal é que ele fique em lugar bem visível.

Tempo e chamada

Na Educação Infantil o primeiro passo da rotina é a caracterização do dia em termos de calendário (Que dia é hoje? Em que mês estamos? Que dia foi ontem? E que dia será amanhã? Se tiver alguma data especial o professor deve conversar sobre ela com seus alunos: data cívica ou aniversário de algum aluno - mesmo que tenha ocorrido num feriado ou fim de semana), tempo (a estação do ano é relembrada e verifica-se se algumas características estão presentes no dia. As condições climáticas são, então, registradas através de cartaz do tempo).
Finalizada essa etapa, é iniciada a chamada interativa: o professor sugere ao grupo que observe e verifique quem está presente e quem faltou. Após nomearem os faltantes, então começa a chamada propriamente dita, que pode ser realizada de diversas formas: preenchendo o quadro “Quantos somos?”, ou num quadro que possua as fichas de todos os alunos (retira-se as fichas dos que estão faltando e em seguida conta-se quantos alunos estão presentes, podendo ser até um momento para trabalhar com os nomes dos alunos), bonequinhos com o nome dos alunos para colocar num quadro específico (pode-se fazer como o exemplo anterior),entre outros modelos. Qualquer que seja o modelo escolhido deve-se fazer a contagem dos presentes, separar em grupos (meninos e meninas) e sua totalização novamente. Toda essa atividade de chamada interativa vai permitir a descoberta e consolidação de valores, além de ser muito agradável para a criança pelo seu caráter lúdico e participativo, valorizando a presença de cada um e permitindo, embora dentro da rotina, muitas variações.
No Ensino Fundamental essa etapa pode ser simplificada falando sobre a data do dia (Dia, mês e que ano estamos? Tem alguma data especial que se comemora hoje? Pode ser data cívica ou aniversário de algum aluno). A chamada também é primordial, mas pode ser feita de maneira mais simples.

Ajudante do dia

A escolha do ajudante do dia pode ser efetuada com várias dinâmicas: um casal por dia ou apenas um ajudantes, alternadamente menino/menina, escolhido através de sorteio, ordem alfabética. No caso do Ensino Fundamental pode ser o representando e vice em dias alternado mais um aluno.
A esses ajudantes, nesse dia, caberá colaborar em todas em todas as tarefas, tais como: distribuir materiais, bilhetes, organizar a sala, etc.

Atividades do dia

As atividades apresentadas para o dia devem constar no quadro de rotina: atividade individual, em grupo, vídeo, informática, explicação e correção do dever de casa, jogos, etc.
O tempo gasto em cada atividade é um elemento importante, por isso teve ser pensado desde o planejamento, para não colocar excesso de atividades.

A importância da roda

A roda é um dos momentos de grande interação. Implica a expectativa de algum fato relevante, pois algo de importante vai acontecer quando todos sentam numa roda. Para o professor, é uma oportunidade de observar os alunos e as relações entre eles: duplas ou trios que se sentam perto, conversam, trocam objetos, riem.
Nos primeiros dias de aula, a proximidade da roda permite que os alunos se conheçam melhor, observando semelhanças e diferenças por meio de um jogo de identificação iniciado pelo professor: “Tem criança com camisa azul”, “Tem criança com bota”. Mesmo não sabendo ainda o nome dos colegas, as crianças se voltam para os indicadores, acompanhando a nomeação de cada um: “Davi vai mostrar sua mochila nova”, “Quem está de blusa verde vai pegar a caixa de botões”. Todo o grupo se envolve na adivinhação e às vezes descobre quem é o aluno.
A “roda de novidade” deve fazer parte da rotina desde os primeiros dias de aula. No início, o professor traz os objetos para serem explorados, e os alunos são praticamente espectadores. Mas a roda evolui quando as crianças começam a trazer as novidades de casa – uma fruta, um brinquedo, uma revista, toquinhos de madeira, algumas fotos e até uma caixa cheia de tampinhas de refrigerante. O que for significativo para a criança pode ir para a roda, desde que o dono queira. Uma das possibilidades é criar a “caixa de novidades”. Na chegada, o aluno guarda o objeto, que depois de exibido na roda volta para a caixa ou vaio para a mochila, conforme a criança desejar.
A novidade pode desencadear várias atividades, como jogos, brincadeiras e histórias, e faz a ponte entre a casa e a escola, permitindo identificações, além de incentivar o início das relações de interação e troca entre os alunos. A roda pode ser o primeiro momento de centralização das atividades do dia. Nela se tem um espaço privilegiado no qual se pode desencadear a exploração de temas e o amadurecimento das idéias. Mas para isso é de grande importância a participação dos alunos por meio de comentários e discussões.
Na Educação Infantil a roda faz parte da rotina diária, podendo ocorrer mais de uma vez ao dia se necessário. Já no Ensino Fundamental pode ser inclusa como forma de trabalho, para uma explicação de conteúdo, experiência onde os alunos possam ficar mais próximos, durante um jogo, entre outras situações que o professor julgue necessária, pode ou não fazer parte da rotina diária.

Um de cada vez

No início do ano, é comum o professor estimular a participação das crianças tentando fazer com que falem, façam comentários, manipulem brinquedos. Mas chega um momento em que começa uma avalanche: as crianças não escutam, só falam, e quase todas ao mesmo tempo. Os interesses se voltam para um determinado objeto,às vezes disputado no “vale-tudo”.
Situações como essa podem representar um desafio para o professor, na medida em que ele se vê obrigado a repensar atividades para torná-las mais adequadas aos movimentos do grupo.
É hora de coordenar ações coletivas. Essa organização, na verdade, deve ser feita logo no início do ano, e constituirá a estrutura de apoio das relações e da convivência.
Um dos instrumentos dessa estrutura são os “combinados”, os acordos do tipo “cada um tem sua vez de falar”, “brinquedo não vai para o pátio”, “não é para rabiscar nem rasgar os livros”.
Temas como esses também podem ser discutidos numa “roda de conversa”. Se, por exemplo, os alunos estão deixando as peças dos jogos de encaixe espalhadas, sem se preocupar em guardá-las nos lugares certos, pode-se conversar sobre a necessidade de organização para que não se perca nenhuma peça.
É fundamental que os combinados sejam expostos o ano inteiro na sala de aula, seja através de cartaz ou de plaquinhas, para sempre que necessário o professor relembre a turma ou o aluno sobre o que foi combinado anteriormente. E quando precisar pode acrescentar novos combinados à lista que já está exposta, ou criar novas plaquinhas.

Criando autonomia

Aos poucos, depois de muita repetição, as crianças vão se acostumando e acabam reproduzindo os “combinados”, sem a necessidade da intervenção constante do professor. Eles podem, então, ser ampliados: agora as crianças incorporam a necessidade de guardar direito os jogos e brinquedos, sabem esperar sua vez de falar, já podem conhecer a aplicar algumas regras de convivência: “Não vale empurrar o colega, molhar o colega, jogar areia na cabeça do colega”.
Com o tempo, os próprios alunos se empenham em criar novas regras, de acordo com a necessidade surgida na prática. Em todos os sentidos, agem de modo cada vez mais independente, e cabe ao professor facilitar a construção dessa autonomia.

Organização escolar

A organização do espaço escolar deve criar condições para que as atividades se desenvolvam de maneira flexível e cooperativa. A renovação deve ser constante, introduzindo materiais novos ou arrumando os antigos.
As crianças brincam em duplas, trios ou grupos maiores. Gostam de construir com sucatas e blocos, fazendo prédios, trens, estradas, e esses aspectos devem ser considerados na configuração e na estrutura do espaço físico e do material usado nas atividades do cotidiano escolar.
A escola deve oferecer um ambiente seguro e favorecer a ampla circulação dos alunos, permitindo que subam e desçam, levem e tragam, inventem caminhos. É possível também criar espaços como uma casa de boneca, um camarim, onde os personagens se pintam e se fantasiam, põem máscaras e acessórios, o palco com fantoches e um local para a bandinha, de modo que os alunos possam explorar sons e ritmos.

Era uma vez...

Contar uma história é uma experiência de grande significado para quem conta e para quem ouve. Muitas crianças são capazes de antecipar as seqüências emocionantes e reagem escondendo-se atrás do amigo, apertando as mãos, arregalando os olhos. Depois, o suspiro de alívio e do riso quando o herói venceu os obstáculos.
Na história, a criança se projeta momentaneamente nos personagens e penetra no mundo da fantasia, vivenciando um contato mais estreito com seus sentimentos e elaborando seus conflitos e emoções. A história funciona como uma ponte entre o real e o imaginário. Por meio da história, a criança observa diferentes pontos de vista, vários discursos e registros da língua. Amplia sua percepção de tempo e espaço e seu vocabulário.
Para que esse seja um momento prazeroso, é fundamental que se escolha uma história com a qual a criança possa se identificar. Além disso, convém criar um clima de aconchego, construindo uma interação positiva.
O professor vai se transformando num contador de histórias quando se liberta do texto escrito e observando as reações das crianças, ouvindo seus comentários, fazendo dessa hora um momento de emoção. Assim poderá reajustar a narrativa, introduzindo, acrescentando ou até suprindo detalhes para torná-las mais significativa para o grupo.

É melhor ler ou contar?

Há vários modos de apresentar as histórias para as crianças. A maioria delas alcança sua melhor forma de expressão se forem contadas; outras se forem lidas, pois assim ganham mais brilho, e até exigem que sejam mostradas as ilustrações.
Quando se conta uma história, em vez de ler o livro para os alunos, está-se permitindo que os significados simbólicas e interpessoais da narrativa sejam atingidos plenamente.
Pode-se contar a história sem mostrar a ilustração logo de início, pois às vezes a intermediação do texto obriga o contador a dividir sua atenção entre a narrativa e os ouvintes. Além disso, é possível criar um clima que permita à criança liberar sua imaginação e viver sua fantasia. Entretanto, além de contar, é importante que o professor também leia histórias.
É sempre bom fazer um estudo prévio do texto antes de contar ou ler a história. Se conhecer o enredo, o ambiente, os personagens e as falas, o professor poderá fazer uma narração e uma interpretação mais precisas e convincentes.
Sugestão de rotina:


Ø Educação infantil:

· Acolhida: saudação, oração, guarda de material, músicas, etc.
· Quadro de rotina
· Rodinha (conversa sobre como eles estão, hora da novidade, etc.)
· Calendário (dia, mês, ano, aniversariantes, etc.) e tempo;
· Chamada interativa ou “Quantos somos?”
· Escolha do ajudante do dia;
· Retomar o dever de casa do dia anterior (cada um deverá mostrar o que fez, o que mais gostaram de fazer, etc. Caso algum aluno tenha feito de forma incorreta, retomar com ele num momento oportuno para que ele corrija ou refaça caso seja necessário)
· Atividade de sala (individual, grupo, desenho, informática, vídeo, jogos, brincadeiras, pintura, modelagem, etc.)
· Parquinho
· Lanche
· Escovação
· Atividades de sala
· Dever de casa (passando dever de casa)
· História
· Relaxamento com música


Vídeo Gente tem Sobrenome - ECA

Montei esse video para as crianças da minha turma de nível 2 pois a música fazia parte da nossa apresentação de final de ano. espero que gostem!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Site Domínio Público. Favor divulgar aos nossos

Favor divulgar aos nossos IIr.'.
Leitores, estudantes, aproveitem essa oportunidade criada pelo Governo Federal...divulguem aos seus contatos...

LIVROS EM PDF - ISSO NINGUEM DIVULGA
A REDE GLOBO NÃO DIVULGA NUNCA ! ! !
Uma bela biblioteca digital, desenvolvida em software livre, mas que está prestes a ser desativada por falta de acessos. Imaginem um lugar onde você pode gratuitamente:

·
Ver as grandes pinturas de Leonardo Da Vinci ;
· escutar músicas em MP3 de alta qualidade;
· Ler obras de Machado de Assis
Ou a Divina Comédia;
· ter acesso às melhores historinhas infantis e vídeos da TV ESCOLA
· e muito mais....


Esse lugar existe!
O Ministério da Educação disponibiliza tudo isso,basta acessar o site:
www.dominiopublico.gov.br
Só de literatura portuguesa são 732 obras!
Estamos em vias de perder tudo isso, pois vão desativar o projeto por desuso, já que o número de acesso é muito pequeno. Vamos tentar reverter esta situação, divulgando e incentivando amigos, parentes e conhecidos, a utilizarem essa fantástica ferramenta de disseminação da cultura e do gosto pela leitura.
Divulgue para o máximo de pessoas!
 


domingo, 28 de novembro de 2010

Blocos Lógicos



Se no armário da sua escola há uma caixa de blocos lógicos esquecida numa prateleira, não perca tempo: use-os. Nas classes de educação infantil, essas pequenas peças geométricas, criadas na década de 50 pelo matemático húngaro Zoltan Paul Dienes, são bastante eficientes para que seus alunos exercitem a lógica e evoluam no raciocínio abstrato. Em pequenas doses, com brincadeiras e atividades dirigidas, você pode tirar todo o proveito didático que o material oferece. Com os blocos lógicos é possível, por exemplo, ensinar operações básicas para a aprendizagem da Matemática, como a classificação e a correspondência. Essa ajuda certamente vai facilitar a vida de seus alunos nos futuros encontros com números, operações, equações e outros conceitos da disciplina.

A professora e pedagoga Riva Cusnir, diretora adjunta do Colégio Max Nordau, escola da rede particular do Rio de Janeiro, criou uma seqüência de atividades que se valem dos blocos e que reproduzimos a seguir. O programa é dividido em cinco etapas, as três primeiras para crianças de até 4 anos e as duas últimas para crianças de 5 em diante. As atividades propostas pela professora envolvem competições, trabalhos corporais, confecção e preenchimento de desenhos. E, obviamente, a manipulação dos blocos lógicos.

MATERIAL FÁCIL DE FAZER
Um jogo de blocos lógicos contém 48 peças divididas em três cores (amarelo, azul e vermelho), quatro formas (círculo, quadrado, triângulo e retângulo), dois tamanhos (grande e pequeno) e duas espessuras (fino e grosso). As peças podem ser de madeira ou cartolina, sem medidas padronizadas. Antes de começar, combine com as crianças uma convenção para indicar separadamente cada atributo das peças (veja ao lado). Esses códigos farão as crianças pensar nos atributos dos blocos, sem a necessidade de tê-los à mão. Um exercício que vai estimular o raciocínio abstrato.

DAS PEDRINHAS AOS NÚMEROS
Operações lógicas formam a base para o raciocínio matemático
Uma criança entenderá melhor os números e as operações matemáticas se puder torná-los palpáveis. De fato, materiais concretos como pedrinhas, barras e blocos lógicos, fazem as crianças arrancar no raciocínio abstrato. Particularmente, os blocos lógicos não ensinam a fazer contas, mas exercitam a lógica. Sua função é dar às crianças a chance de realizar as primeiras operações lógicas, como correspondência e classificação ­ conceitos que para nós, adultos, são automáticos quando pensamos nos números. Essa importância atribuída aos materiais concretos tem raiz nas pesquisas do psicólogo suíço Jean Piaget (1896-1980). Segundo Piaget, a aprendizagem da Matemática envolve o conhecimento físico e o lógico-matemático. No caso dos blocos, o conhecimento físico ocorre quando a criança pega, observa e identifica os atributos de cada peça. O lógico-matemático se dá quando ela usa esses atributos sem ter o material em mãos (raciocínio abstrato). A professora Riva se baseou nessa teoria de Piaget para formular as atividades que você acompanha a seguir.
O passo a passo da lógica
Desenhos, histórias, jogos e desafios estimulam o raciocínio abstrato das crianças

São cinco as atividades propostas pela professora Riva. Cada uma pode ser feita numa só aula ou em aulas seguidas, se o professor achar necessário. Os passos aprimoram as habilidades vistas nas fases anteriores e acrescentam novos conceitos. Os exercícios com os blocos lógicos podem se estender por todo o programa do ano, sempre intercalados com atividades que empreguem outros tipos de material didático, como o material dourado ou a escala Cuisenaire.




1 - LIVRE CRIAÇÃO
O primeiro passo é promover o reconhecimento do material. Com cartolina ou outro material semelhante, prepare pranchas com desenhos feitos nas formas dos blocos lógicos ­ uma casinha formada de um retângulo e um triângulo, por exemplo. Em seguida, os alunos reproduzem a figura utilizando as peças. Para isso, vão observar e comparar as cores, os tamanhos e as formas que se encaixam.
O trabalho em grupo enriquece a atividade, pois as crianças certamente vão discordar entre si. O diálogo contribuirá para o conhecimento físico de cada bloco. Depois de completar alguns desenhos, os próprios alunos criam novas figuras. Outra opção é apresentar um quadro às crianças (foto abaixo) para que classifiquem os blocos. O quadro deve ser preenchido conforme os atributos indicados pelo professor ao lado de cada conjunto.
Classificação dos blocos
O quadro pode ser colocado no chão ou ser pendurado na parede. Nesse caso, as peças são presas com velcro. No exemplo, as crianças começaram pela cor vermelha. Depois, separaram as quatro formas, os dois tamanhos e as duas espessuras.

2 - A HISTÓRIA DO PIRATA
Agora, conte a seguinte história: "Era uma vez um pirata que adorava tesouros. Havia no porão de seu navio um baú carregado de pedras preciosas. Nesse porão, ninguém entrava. Somente o pirata tinha a chave. Mas sua felicidade durou pouco. Numa das viagens, uma tempestade virou seu barco e obrigou todos os marinheiros a se refugiarem numa ilha. Furioso, o pirata ordenou que eles voltassem a nado para resgatar o tesouro. Mas, quando retornaram, os marujos disseram que o baú havia sumido. 'Um de vocês pegou', esbravejou o pirata desconfiado." Nesse ponto, começa o jogo com as crianças. Peça que cada uma escolha um bloco lógico. Ao observar as peças sorteadas, escolha uma delas sem comunicar às crianças qual é. Ela será a chave para descobrir o "marujo" que está com o tesouro. Apresente então um quadro com três colunas (veja abaixo). Supondo que a peça escolhida seja um triângulo pequeno, azul e grosso, você diz: "Quem pegou o tesouro tem a peça azul". Pedindo a ajuda das crianças, preencha os atributos no quadro. Em seguida, dê outra dica: "Quem pegou o tesouro tem a forma triangular". Siga até chegar ao marinheiro que esconde o tesouro. A atividade estimula mais que a comparação visual. Também exercita a comparação entre o atributo, agora imaginado pela criança, e a peça que a criança tem na mão. A negação (segunda coluna do quadro) leva à classificação e ajuda a compreender, por exemplo, que um número pertence a um e não a outro conjunto numérico.
3 - QUAL É A PEÇA?
Para descobrir, as crianças entram numa competição. Você deve dividir a turma em grupos e distribuir um conjunto de atributos para cada um contendo as características de uma peça (por exemplo: amarelo, triângulo, grande e fino). Em seguida, o grupo tem que selecionar a peça correspondente e apresentá-la às outras equipes. A competição pode girar em torno de qual grupo encontra a peça correta em menos tempo ou de qual grupo encontra mais peças corretas. À medida que acertam, recebem uma pontuação. Outra opção é cada equipe desafiar os outros grupos da classe distribuindo eles mesmos os atributos. Nesse jogo, as propriedades dos blocos são apresentadas de forma separada. O raciocínio lógico estará voltado para a composição e a decomposição das características de cada peça. Antes de escolher a peça correta, a criança terá de imaginá-la com todas as suas características. Esse é o mesmo processo pelo qual as crianças passarão quando estiverem formando o conceito de número. Conforme evoluírem, saberão que o número 4, por exemplo, é par, maior que 3 e menor que 5, sem precisar usar materiais concretos para isso. Nessa fase, entendem também que é importante saber os nomes corretos de cada característica. Não pode haver dúvida entre o que é amarelo e o que é vermelho, por exemplo. Mais adiante, também não poderão vacilar entre o que seja um quadrado e um pentágono, um número inteiro e um fracionário.

4 - O JOGO DAS DIFERENÇAS
Nesta atividade, as crianças trabalham sobre um quadro contendo três peças. O desafio consiste em escolher a quarta peça observando que, entre ela e sua vizinha, deverá haver o mesmo número de diferenças existente entre as outras duas peças do quadro. As peças devem ser colocadas pelo professor de forma que, em primeiro lugar, haja apenas uma diferença. Depois duas, três e, por fim, quatro diferenças entre as peças. A intenção é que as crianças façam comparações cada vez mais simultâneas quando estiverem pensando na peça que se encaixe em todas as condições. Esse raciocínio lhes será útil em várias situações do cotidiano, como dirigir um carro ou operar um computador, bem como em temas futuros da Matemática. Afinal, quase sempre há mais de uma resolução para um problema ou um sistema de equações. A criança terá que ponderá-las para chegar à forma mais conveniente.

5 - SIGA OS COMANDOS
As crianças vão transformar uma peça em outra seguindo uma seqüência de comandos estabelecida pelo professor. Esses comandos são indicados numa linha por setas combinadas com atributos. No exemplo da foto, vemos uma seqüência iniciada com os atributos círculo, azul e grosso. As crianças então escolhem a peça correspondente. O comando seguinte é mudar para a cor vermelha. As crianças selecionam um círculo grosso e vermelho. Em seguida, devem mudar para a espessura fina. Então, um círculo vermelho e fino é selecionado. Assim por diante, o professor pode continuar acrescentando comandos ou pode apresentar uma seqüência pronta. Depois é feito o processo inverso. As crianças são então apresentadas a uma nova seqüência de comandos, já com a última peça. Elas deverão reverter os comandos para chegar à peça de partida. A atividade é essencial para o entendimento das operações aritméticas, principalmente a soma como inverso da subtração e a multiplicação como inverso da divisão. E também contribui, no futuro, para que as crianças resolvam problemas e entendam demonstrações, atividades que exigem uma forma de raciocínio em etapas seqüenciais.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Psicomotricidade de 0 a 3 anos


Idade: 0 a 2 meses
Objetivos:

1. Desenvolver o equilíbrio da cabeça.
2. Em decúbito prono (de bruços) girar a cabeça para os lados.
3. Em supino, (deitado) erguer a cabeça momentaneamente do plano horizontal.
4. Desenvolver a fixação ocular.
5. Perseguir visualmente um objeto.

Atividades relativas aos:
Objetivo 1: Ofereça estímulos para que a criança movimente a cabeça nas posições prono e supino - seguindo um objeto em diferentes direções: da esquerda para a direita; de cima para baixo; de baixo para cima.

Objetivos 1 e 3: Criança em supino, segurar suas mãos, dando apoio a cabeça, tracioná-la para sentar. Voltar à posição deitada, mantendo apoio na cabeça.

Objetivos 1 e 2: A criança deve ser colocada em posição prono. Usando estímulos sonoros, estimular a criança a girar a cabeça para os lados e erguê-la do plano horizontal, força nos braços.

- Colocar a criança no colo de bruços e estimulá-la a erguer a cabeça.
- A mãe deve ficar e colocar a criança deitada de bruços sobre ela, de maneira que possa, deitada, sentir a vibração da voz da mãe.

Objetivos 4 e 5: Colocar a criança em supino para estimular a fixação do olhar no rosto humano (usar mímicas faciais). Partindo da fixação ocular (linha média de visão), estimular a criança a seguir com os olhos o movimento lento do rosto humano, partindo do meio para a direita, retornando ao meio e seguindo para esquerda. Seguir objetos-estímulos.

Recursos

- Chocalho brilhante;
- rosto humano;
- voz humana.



Idade: 2 a 4 meses
Objetivos:

1. Adquirir controle completo dos movimentos da cabeça.
2. Erguer a cabeça em decúbito prono, do plano horizontal e mantê-la.
3. Apoiar sobre os cotovelos, quando em decúbito prono.
4. Segurar voluntariamente objetos. Preensão cúbito-palmar.
5. Perseguir visualmente um objeto em todos os planos 180 graus.

Atividades relativas aos:

Objetivo 1: Colocar a criança em supino, segurá-la pelas mãos, e estimulá-la a sentar, fazendo uma tração nos membros superiores. Inicialmente proteger a cabeça. Estimular com o som da voz humana, chamando-a pelo nome.

Objetivo 2 e 3: Colocar a criança em posição prono e estimulá-la a erguer cada vez mais a cabeça do plano horizontal.

Objetivo 4: Colocar na mão do bebê objetos pequenos, chocalhos, bichos de borracha e deixar levá-los à boca.

Objetivo 5: Estimular o bebê a seguir lentamente um objeto num arco de 180 graus.

Seguir o rosto humano.

Recursos

- Chocalhos;
- bichos de borracha;
- rosto humano;
- brinquedos coloridos e atraentes.

Idade: 4 a 6 meses
Objetivos:

1. Sentar com apoio.
2. Desenvolver a preensão voluntária de objetos - Preensão palmar.
3. Coodenar os movimentos mão-objeto/objeto-boca.
4. Sentar sem apoio momentaneamente.
5. Rolar sobre si mesmo.
6. Desenvolver músculos das extremidades e distribuir o peso do corpo nos pés.

Atividades relativas aos:

Objetivo 1: Colocar a criança em supino. Estimulá-la a sentar chamando-a pelo nome, dando apoio às duas mãos. Tracioná-la levemente (criança deve ajudar, trazendo a cabeça);

- Levantar a criança no colo, sem dar apoio para a cabeça;
- Colocar a criança sentada, com apoio, no sofá;

Objetivos 2 e 3: Estimular a criança a pegar brinquedos de diferentes tamanhos e texturas. Aproximar as palmas das mãos na linha média de visão do bebê. Não impedir que leve objetos à boca. Estimular o sacudir de chocalhos.

Objetivo 4 e 5: Rolar a criança de um lado para o outro, de bruços e de costas. Usar um cobertor e rolar a criança, erguendo uma das pontas suavemente (plano inclinado).

Objetivo 6: Aproximar os pulsos, palmas e dedos da mão e calcanhares do pé.
Mão com mão
Mão direita com pé direito
Mão esquerda com pé esquerdo
Mão direita com pé esquerdo
Mão esquerda com pé direito.
- Segurá-la nas axilas e estimulá-la a molejo, jogando o peso do corpo nos pés.

Recursos

- Sofá/poltrona;
- bebê conforto;
- bichos de borracha com assovios;
- mordedor de borracha;
- chocalhos interessantes;
- argolas coloridas.



Idade de 6 a 8 meses:
Objetivos:

1. Sentar sozinho mantendo o tronco ereto.
2. Manter o peso do seu corpo nos pés. Moleje-o ativamente.
3. Arrastar.
4. Transferir objetos de mão. Bater um contra o outro.
5. Engatinhar.
6. Desenvolver o movimento de pinça inferior.
7. Segurar um objeto em cada mão.
8. Bater com o objeto. Sacudir o chocalho.

Atividades relativas aos:

Objetivos 1 e 2:

- Fazer a criança passar da posição de deitada para sentada, mantendo as pernas esticadas e dando apoio ora na mão direita, ora na mão esquerda (a mão livre faz apoio no chão para ajudá-la a erguer-se)
- Segurá-la pelas axilas e estimular apoio nos pés.
- Estimular o molejo, flexionar e estender os joelhos.

Objetivo 3:

- Colocar o bebê de bruços e usando brinquedos atraentes, colocados a distância, estimulá-lo a pegá-los
- Deitar no chão e colocar-se na frente da criança e chamá-la pelo nome, mostrando brinquedos atraentes. A criança também pode ser colocada num pequeno plano inclinado, cabeça mais baixa que os pés. Estimular o arrastado. Pode-se também dar um ligeiro apoio nos membros inferiores, favorecendo o movimento de flexão dos joelhos.

Objetivos 4, 6, 7 e 8: Pequenos objetos serão usados para a transferência de mão. Estimular o bater um objeto contra o outro, dando ao bebê objetos iguais nas duas mãos. Usar objetos que produzem ações interessantes quando manuseados pelo bebê. Oferecer ao bebê, um terceiro objeto, quando estiver com as duas mãos ocupadas. Dar ao bebê oportunidade de brincar livremente com objetos pequenos.

Objetivo 5: Tão logo o bebê se arraste, tentar colocá-lo na posição de quatro (engatinhar) e balançá-lo para frente e para trás.

Recursos

- Brinquedos atraentes;
- pequeno plano inclinado;
- chocalhos;
- cubos de papelão;
- brinquedos de borracha com assovio;
- caixas de fósforo;
- argolas.



Idade: 8 a 10 meses
Objetivos:

1 - Engatinhar em padrão cruzado.
2 - Sentar com equilíbrio perfeito de tronco e liberação de membros superiores.
3 - Segurar objetos numa só mão.
4 - Erguer-se com apoio na posição de pé.
5 - Trocar de posições: sentado para engatinhar e de engatinhar para sentado.
6 - Dar alguns passos com apoio bilateral.

Atividades relativas aos:

Objetivo 1: Com apoio em 4 pontos(engatinhando), balançar a criança para frente, lentamente, usando brinquedos interessantes; estimular o engatinhar. Engatinhar na frente da criança, chamando-a pelo nome para perto de si.

Colocar uma toalha de banho, passando pelo abdomem da criança na posição de engatinhar, segurar a toalha nas pontas e estimular o engatinhado. Gradativamente deixar a criança manter o peso do corpo nas mãos e nos joelhos e não na toalha.

Objetivo 2: Colocar a criança sentada; segurá-la no quadril (por trás) e balançá-la para frente, para direita, para esquerda, deixando os membros superiores livres, estimulando assim as reações de equilíbrio de tronco.

Objetivo 3: Dar a criança objetos pequenos que possam ser levados à boca sem perigo. Estimular a criança a segurar dois objetos numa só mão, oferecer-lhe um terceiro objeto.

Objetivo 4 e 6: Colocar a criança de pé, mantendo os joelhos em extensão (apoiados), abaixar e levantar o tronco, com apoio ora na mão direita, ora na mão esquerda.

- Usar caixas de papelão ou madeira, cheias de brinquedos, estimular a
criança a erguer-se, com apoio na caixa, para alcançar os brinquedos.
- Dar apoio nas duas mãos da criança, estimulá-la para alcançar os brinquedos.
- Dar apoio nas duas mãos da criança, estimulando-a a dar pequenos passos.

Objetivo 5: Estimular a criança a trocar de posição no espaço: estando sentada chamá-la para perto de você. Usar brinquedos atraentes, quando se aproximar engatinhando, estimulando-a a sentar-se para brincar



Idade: 10 a 12 meses
Objetivos:

1 - Erguer-se com apoio nos móveis.
2 - Dar passos com apoio nas duas mãos.
3 - Manter-se de pé com apoio numa só mão.
4 - Girar e inclinar a cabeça na posição sentada.
5 - Realizar a pinça superior.
6 - Dar passos com apoio numa só mão.
7 - Ficar de pé sozinho.
8 - Usar o indicador.
9 - Fazer garatujas. Folhear livros. Rasgar folhas, amassar.

Atividades relativas aos:

Objetivos 1, 2, 3, 6 e 7: Em ambiente adequado, e/ou usando seu próprio corpo de adulto, estimular a criança a erguer-se com apoio (usando móveis ou o corpo do adulto).

- Ajoelhar-se na frente da criança , dar apoio, nas duas mãos e estimulá-la a caminhar em sua direção. Alternadamente dar apoio, ora na mão direita, ora na mão esquerda.
- Encostar a criança num canto formado por duas paredes; estimulá-la a
deslocar-se apoiando na parede.
Objetivo 4: Estando a criança sentada, colocar seus brinquedos afastados ligeiramente, para que ela gire e incline o tronco para alcançá-los.
Objetivo 5: Oferecer a criança objetos pequenos; estimulá-la a pegá-los usando o polegar e o indicador.

Objetivo 8 e 9: Estimular a criança a pegar pequenas migalhas usando o indicador. Mostrar figuras conhecidas num livro infantil, apontando com o indicador, estimulando-a a imitar você. Pedir-lhe para mostrar-lhe: o Au-Au, o Miau, etc.

- Fixar uma folha de papel no chão e estimulá-la a fazer garatujas com lápis estacas.
- Deixar a criança folhear livros e revistas.
- Deixar a criança a rasgar folhas de revistas; estimulá-la a amassar com as mãos as folhas rasgadas.



Idade de 12 a 15 meses
Objetivos:

1 - Desenvolver habilidades para marcha, subir e descer escadas engatinhando.
2 - Desenvolver habilidades de preensão fina.
3 - Desenvolver equilíbrio estático/dinâmico.
4 - Desenvolver coordenação viso-motora.

Atividades relativas aos:

Objetivo 1 e 3: Estimular a criança a manter-se de pé inicialmente com apoio e gradativamente retirar o apoio. Deixar a criança andar empurrando cadeiras.

- Estimulá-la a subir e descer dos móveis.
- Deixar a criança sentar em cadeiras pequenas.
- Fazê-la andar segurando um bastão, você segurando na outra ponta.
- Encostar a criança na parede; ajoelhar-se à sua frente, chamá-la, convidá-la a chegar até você andando. Aumentar gradativamente a distância entre vocês.
- Levá-la ao parque ou quintal e deixá-la andar descalça na terra e na grama.
- Oferecer-lhe oportunidade de subir escadas engatinhando.
- Continuar usando caixotes de madeira onde guarda seus brinquedos, para favorecer a manobras de abaixar-se e erguer-se.

Objetivo 2: Brincando junto com a criança, usar objetos pequenos como: cubos de madeira, macarrão cru (diversas formas), etc.
- Oferecer-lhe livros e revistas para folhear.

Objetivo 4: Utilizar jogos de lançar e receber bola.
- Utilizar jogos de encaixe.
- Dar atividades de golpear com uma finalidade.

Recursos

- Cadeira grande;
- Cadeira pequena;
- Caixotes de madeira com brinquedos dentro;
- Escada de madeira;
- Macarrão cru;
- Livros de folhas grossas e gravuras infantis;
- Bolas;
- Encaixes;
- Bate estacas.



Idade: 15 a 18 meses
Objetivos:

1 - Desenvolver as habilidades de marcha e de subir escadas.
2 - Desenvolver condutas motoras básicas.
3 - Desenvolver coordenação viso-motora, habilidades manuais. Preensão do lápis com toda a mão.
4 - Desenvolver independência.

Atividades relativas aos:

Objetivo 1, 2 e 3: Continuar a estimular a marcha, o subir e o descer escadas, usando apoio numa só mão.

- Estimulá-la a transportar pequenos objetos. Usar carrinhos para serem
puxados por corda, estimulá-la a empurrar carrinhos.
- Brincar de pegar, estimulá-la a correr. Continuar levando-a para andar
descalça na terra e na grama.
- Colocar a criança numa pequena altura, dar-lhe apoio nas duas mãos e
estimulá-la a pular com os pés simultaneamente. Fazer a criança caminhar entre obstáculos, sem tocá-los. Deixar a criança andar por todos os lados, abrindo, fechando portas e gavetas, retirando e guardando seus brinquedos.
- Estimulá-la a chutar bola.

Objetivo 3: Continuar os jogos de lançar e receber bola; jogar a bola numa caixa. Oferecer jogos de encaixe, construção simples com blocos de madeira. Dar para a criança lápis estaca para praticar as garatujas espontâneas, estimular a imitação de traços verticais e horizontais. Fixar o papel.

Recursos:

- Blocos de madeira;
- Carrinhos para puxar e empurrar;
- Caixas de papelão, tacos de madeira (usados como obstáculos);
- Bolas;
- jogos de encaixe;
- papel;
- Lápis estaca.



Idade 18 a 21 meses
Objetivos:

1 - Desenvolver habilidades para correr: equilíbrio e coordenação motora.
2 - Desenvolver habilidades manuais, persistir na preensão do lápis com toda a mão.
3 - Desenvolver coordenação viso-motora.
4 - Adquirir independência.

Atividades relativas aos:

Objetivo 1:

- Continuar as atividades que estimulam os movimentos amplos. Brincar de esconder, de pegar, apostar corrida.
- Andar entre obstáculos sem esbarrar.
- Subir e descer escadas.
- Estimular a brincar na posição de cócoras.
- Continuar os exercícios de saltos com os dois pés juntos, apoio nas duas mãos (do alto para o chão).

Objetivo 2 e 3: Colocar a criança sentada em cadeira e mesa apropriadas ao seu tamanho e com os pés apoiados no chão. Fixar o papel, na mesa e estimular o manejo do lápis estaca: garatujas espontâneas, imitação de traços verticais e horizontais. Utilizar construção com blocos de madeira e cubos. Dar jogos de encaixe e de bate estaca.

Objetivo 4:

- Favorecer a marcha, a corrida em ambientes amplos e seguros. Em caso de quedas pequenas, deixar a criança erguer-se sozinha.
- Estimular sua independência na habilidade de locomoção.

Recursos:

- obstáculos;
- escada;
- bola;
- cadeira e mesa apropriadas;
- lápis estaca;
- blocos de madeira;
- jogos de encaixe.



Idade: 21 a 24 meses
Objetivos:

1. Reforçar as condutas motoras básicas adquiridas.
2. Introduzir o hábito de altura.
3. Desenvolver a coordenação viso-motora e imitação de traços circulares.

Atividades relativas aos:

Objetivo 1 e 2:

- Continuar a estimular as habilidades adquiridas como: andar, correr, subir e descer escadas. De mãos dadas fazer a criança andar em cima do banco e saltar para o chão (apoio nas duas mãos).
- Realizar grupos de corridas entre as crianças (premiar todos).
- Fazer brincadeiras de roda como o: “Atirei o pau no gato”, estimulando a criança à posição de cócoras.
- Chutar a bola como nos jogos de futebol.
- Correr entre obstáculos.

Objetivo 3:
- Estimular o rebater, utilizando balões, impulsionar o balão para o alto e estimular a criança a não deixá-lo cair.
-Continuar as atividades com lápis estaca.
- Estimular a imitação de traços circulares.

Recursos:

- Banco de madeira mais largo;
- bolas de vários tamanhos;
- papel;
- lápis estaca.



Idade: 24 a 36 meses
Objetivos:

1. Adquirir conhecimento das partes do seu corpo.
2. Adquirir habilidades de compreensão de ordens e imitação.
3. Desenvolver habilidades de imitação dos movimentos faciais.
4. Desenvolver a coordenação motora fina.

Atividades relativas aos:

Objetivo 1: Ampliar seu conhecimento quanto às partes do corpo humano, pedindo para nomeá-las através de perguntas ou utilizando uma boneca.

Objetivo 2: Através de brincadeiras, andar segundo ordens: para frente, para trás, para o lado. Realizar jogo imitativos como: andar feito sapo, pássaro, macaco, etc.

Objetivo 3: Através de brincadeiras, fazer exercícios de movimentos faciais como fechar os olhos, abrir e fechar a boca, fazer caretas etc.

Objetivo 4:
- Dar jogos de construção - materiais grandes. Só dar materiais pequenos após a criança ter aprendido a manipular os materiais grandes.
- Empilhar, encaixar, enfiar contas em um fio, enroscar, desenroscar, enrolar, amassar, torcer e pinçar.
- Rasgar papéis, picar, amassar papéis: essas atividades são as primeiras a serem dadas com o fim de preparar as crianças para recortes com tesouras.
- Rasgar papéis: devem ser utilizados diferentes papéis, de preferência jornal e revistas (começar com jornal).
- Amassar papéis - aproveitar os papéis rasgados e fazer bolas,
aproveitando-as depois em jogos.
- Picar papéis: só quando as crianças conseguirem rasgar com facilidade é que se passa para a picotagem. Usar diferentes tipos de papéis (jornais, revistas, papel de seda, papel sulfite etc.). Nesta idade as crianças picam num dia e colam no outro.
- Colagens: numa primeira fase a finalidade é saber usar a cola. Deve-se usar materiais que não tenham avesso ou direito, por exemplo: jornais, revistas, palitos grandes, papéis brancos, etc. Só depois que aprenderem a colar é que se deve usar papéis ou materiais de duas faces. A criança deve passar cola no material que vai ser colocado e não na folha de papel.Deve aprender gradativamente a quantidade de cola.
- Recortes: Quando as crianças estiverem picotando papéis com relativa
facilidade, deve-se introduzir o uso da tesoura. Nesta primeira etapa,
deve-se usar o jornal e a professora deve ensinar o modo correto de segurar a tesoura. Quando a criança estiver manipulando razoavelmente a tesoura, deve-se dar revistas. Ao perceber que as crianças estão conseguindo recortar cenas, deve-se dar uma gravura com três lados já recortados (pela professora) e fazer, no quarto lado, uma linha bem grossa, com pincel atômico, para a criança recortá-la.
- Dobraduras: A criança deverá dobrar papéis na horizontal e na vertical, sem auxílio da professora. Dar primeiro só a dobradura na horizontal. Quando a criança adquirir certa facilidade, deve passar a dobrar na vertical. Depois devem ser dadas as dobraduras na horizontal e na vertical, concomitantemente.
- Encaixes: Começar com objetos concretos em madeira que devem ser
encaixados dentro dos lugares correspondentes, numa prancha também de madeira. Nesta fase, este encaixe deve ser feito apenas com figuras inteiras e de preferência usando-se formas geométricas simples: círculo, quadrado, triângulo.



Idade: 3 anos
Objetivos:

1. Desenvolver a coordenação dos grandes movimentos
2. Desenvolver a coordenação motora fina

Atividades relativas aos:

Objetivo 1:

- Engatinhar, andar, correr, pular, chutar, jogar com as mãos, pegar, subir e descer escadas.
- Atividades Livres: brincadeiras no pátio, tais como: escorregador, balanço, gira-gira, bola, corda.
- Atividades dirigidas e jogos:
correr perseguindo um colega;
correr dado um sinal, pegar um companheiro;
saltar com os pés juntos, dando as mãos a um companheiro;
saltar o mais alto possível;
dar cambalhotas em colchonetes;
jogos variados.

Objetivo 2:
- Oferecer jogos de construção: fornecer jogos que exijam uma manipulação mais aprimorada, que envolvam mais os dedos do que as mãos. Ex.: pinos mágicos.
- Atividades: empilhar, encaixar, enroscar, desenroscar, enrolar, amassar, torcer e pinçar.
- Picotagem: picar diferentes papéis e colar num desenho.
- Digital: fazer bolinhas com os dedos, com papel picado. Nesta fase, o papel deve ser picado num dia e as bolinhas devem ser feitas no outro. O melhor papel para este exercício é o papel de seda.
- Colagens Livres: com materiais diversificados tais como caixas de fósforos, botões, retalhos de pano e couro, palitos, macarrões, formas geométricas recortadas pela professora. Incentivar a criança a dosar a quantidade de cola usada. Quando conseguir fazer isto, pode dar o tubinho de cola.
- Colagens dirigidas: com canudinhos, feijões, milho, palito de fósforo,
barbantes.
- Recortes: começar com recortes livres para verificar se a criança domina o uso da tesoura. Quando estiver usando a tesoura com facilidade, introduzir recortes dirigidos, seguindo a mesma ordem proposta para as colagens dirigidas.
- Dobraduras: Nesta idade a criança é capaz de fazer dobraduras na
horizontal, vertical e oblíqua, não muito complexas.
- Encaixes: dar encaixes de objetos concretos em madeira.




Obs.:
A divisão por faixa etária é dada com o objetivo de ajudar o professor a planejar suas atividades de acordo com a idade de seu aluno. Entretanto, devemos sempre respeitar o ritmo da criança.
As atividades devem estar sempre integradas com as outras áreas do desenvolvimento.